terça-feira, 31 de março de 2009

Repartições sexuais

Casos que acontecem por aí dão várias livros. Grandes obras da vida. Por exemplo: Nelson Rodrigues nos mostrou “A vida como ela é” e Bukowski brincou com a sociedade de uma forma marginal e alcoolizada. Fomos absorvidos por visões da realidade. É só sentar num bar e tomar umas cervejas pra que as palavras fluam. E o sexo está eternamente presente.

Tem o casado que quer sempre ficar mais um pouco com os amigos, aí surgem os compromissos de força maior. “Tenho uma reunião familiar logo hoje!”. Lá vai ele totalmente travado pra aguentar a pressão. Também há o que inicia seu namoro e a gata quer comemorar aniversário mensal de relacionamento. Tudo bem... cada um com seu romantismo.

E o namoro de longa data que acaba e volta, mas quando o fim está próximo ou já é certo, vem um convite pra tomar uma cerveja por aí. Às vezes acontece um “remember” ou cada um vai pro lado que bem entender. Também há as interessantes e peculiares brigas conjugais, que só mudam de endereço. Mas o mais espetacular são as voltas, ou seja, depois de um “fight” vem aquele sexo, a reconciliação em estado bruto. O descarrego das desavenças na cama... ou em qualquer outro lugar, pois qualquer hora é hora.

Já o mundo dos solteiros envolve um universo mais amplo, vamos assim dizer. Há tantas formas de se estar solteiro, que não dá pra descrever todas. Tem até aquele que não é, mas diz que é só pra aproveitar a situação. Alguns fazem planos e quando falha bate aquele egoísmo! “Resolver o problema sozinho!” dizem.

Os do laço matrimonial constituído lutam pra não cair na rotina. É o que dizem sempre: “não podemos cair na rotina senão!”. Senão vão pra zona ou contratam uma diarista mais novinha ou fazem reuniões fechadas ou umas aulas particulares. O sexo é algo que não sai da boca dos sexos. Solteiro, casado, separado... o tema é levado pelo vento, propagado como uma varíola que vai através de um gigante ventilador atingir todos os mortais.

Quase me esqueço de falar dos que recém se separaram. Sai baba até dos olhos. Estão famintos por recuperar o tempo perdido e sempre querendo o já citado “remember”. Ainda sobra pra alguns o papo de que precisa atualizar as cantadas, que depois de tanto tempo a dois, perdeu um pouco o jeitinho. Isso é normal!

É... falar de sexo é mais prazeroso do que falar de política, mesmo que essa esteja presente em todas as relações. Há uma política mais diplomática por parte de alguns casais, outros implantam a ditadura, tem os que sociabilizam tudo e há os anárquicos também. É a democracia! Só pode... até porque quando estamos por aí, basta um olhar pra que nós carnais humanos entremos no cio.