quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Andróides vivem em busca de óleo

Robot-A, Robot-L e Robot-R estavam preparados pra noite. Não há como ser diferente em tempos que tudo parece estar prestes a acabar. Os andróides estão por toda parte, sem condições de fazer alguma bem feitoria, não há mais solução, o óleo de qualidade está escasso, eles estão só à carcaça.

Os três andróides vão a um bar numa comunidade vizinha, lá é a reunião de várias tribos. Todos bebem lubrificantes variados, bebidas que deixam os robôs mais desinibidos e conversando mais.

Lá no lugar diversas rixas de um tempo não muito distante estão afloradas, parece que uma guerra entre rivais está pra começar. Nada é por acaso nesses dias em que todos estão em busca de paraísos artificiais e que não há mais futuro.

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Os bens naturais que antes estavam a sobrar no planeta azul, já não fazem mais parte desta época. Andróides não estão nem aí pra isso, já destruíram tudo, como gafanhotos em lavouras. Não existe mais água, o verde não faz parte das paisagens atuais, o litoral já foi inundado. As pessoas estão recolhidas em esconderijos subterrâneos. Nas ruas só os robôs famintos por diversões das mais diversas. Humanos não têm mais coragem de percorrer as vias, as armas já não são eficazes.

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Robot-A não quer se envolver no conflito que parece estar chegando, chama seus dois amigos pra irem pra outro lugar. Eles tem seu óleo e preferem curtir, conversar e desfrutar daquilo de forma mais discreta. Então entram num veículo e vão pra outro lugar. De certa forma fizeram à coisa certa. Estão caminhando pra outro lugar. Porém sabem que esta escravidão em tempos de escassez chega e os três já estão preparados pra uma nova busca. Sabem que isso vai acontecer.

Então após desfrutarem do produto que faz suas engrenagens funcionar, percebem que acabou e uma nova busca irá acontecer. Os três andróides resolvem caminhar e suas engrenagens já não funcionam como antes. Precisam parar num beco, pois não podem demonstrar fraqueza perante outros robôs que estão na rua, o que pode acarretar na morte dos amigos. Através de um dispositivo rastreiam um nicho em que há um produto pra que consigam pelo menos retornar às mecânicas onde moram. Robot-A vai, demora a retornar, os outros dois robôs estão com suas engrenagens quase em estado de destruição.

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Então o outro andróide retorna. Eles usam o outro óleo encontrado de forma suja e precipitada, em meio a marginalidade de um tempo não muito diferente do de hoje.

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Hoje há robôs escravos do crack.