O POGO

Faz tempo que não me preocupo com movimentos nas universidades, talvez porque atualmente eles estão tão frios...

Faz tempo que não vejo nada criativo por parte deles... posso dizer que tive experiências suficientes pra agora falar que essa “militância” está beirando ao ridículo.

Por que?

Por culpa única e exclusiva de grupos políticos que se inserem no meio universitário. Sim meus chapas... a culpa são dos partidos.

A partir do momento que os estudantes sabem mais do estatuto partidário do que da educação em si... já sabemos qual é o verdadeiro foco de toda essa brincadeira.

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Numa conversa um tanto quanto alcoolizada que tive com uma nobre marxista numa andança minha por aí, vi que o discurso dos partidários – não vale a pena citar partido – está igual... sei lá... achava que alguma coisa tivesse mudado.

Mas as palavras eram as mesmas! “Segundo o paradigma”... “é a práxis”... “os modelos de produção”... etc etc etc...

Ela faz História e isso me preocupa... pois é filiada e com uma boa argumentação poderia defender nossa educação, que precisa muito mais dela do que um partido que nem precisa existir.

O que me conforta... as vezes... é saber que tem historiadores como Renato Cancian que admite, em artigo na Folha de São Paulo, que a militância enfraqueceu o movimento estudantil no Brasil.

Eu concordo.

Alguns dados que roubei do artigo do historiador: 1968 nosso país tinha 300 mil universitários e manifestações estudantis eram do porte da passeata dos cem mil, no Rio de Janeiro. Hoje, 2008, têm quase 5 milhões de universitários, mas os protestos de rua praticamente deixaram de existir.

O que aconteceu? É simples... se os universitários estão em partidos, como diz o próprio historiador Renato Cancian (...) “a biografia dos militantes estudantis indica que a militância vem primeiro”.

Infelizmente não querem a arte... a educação...

Querem a política! Mas pra esta não basta querer... é preciso poder... se é que alguém me entende.