terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O Monstro de Kokovski

Após a abertura do comércio Russo um verdadeiro exército de cientistas conheceu o desemprego. Especializados na produção industrial de antraz e varíola viram o futuro de uma guerra biológica distante com o término da Guerra-Fria.

O que eles fizeram foi migrar pra países que estavam em guerra. Uns foram pro Afeganistão, outros pro Irã e assim se espalharam por pátrias terroristas. Alguns foram trabalhar em empresas européias e norte americanas.

Porém Mikail Kokovski veio pro Brasil, inicialmente atraído pelo turismo sexual, bebia caipirinha e torrava seus dólares nas zonas de norte a sul do país.

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E chegou o dia em que resolveu tomar rumo diferente na sua vida. A vontade de retomar sua raiz biológica terrorista falou mais alto. Mikail comprou um sítio no interior de São Paulo e entrou no ramo alimentício.

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Hoje está em alta a alimentação natural, com fama de saudável. Usando essa bandeira ficou fácil pra um famigerado cientista insano se divertir.

Kokovski iniciou seu cultivo com alface, tomate e morango. Numa estufa deixa suas plantinhas sob luz vermelha a escutar discursos stalinistas.

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Porém seus experimentos estão indo além da condição insana auto destrutiva que ele se propôs a viver. Hoje leva seus legumes pra feiras em que só é comercializado alimento orgânico.

Pegou um mendigo, colocou-o em seu laboratório e o preparou pra uma vida de servidão, totalmente química. Uma anomalia inédita.

A expansão do comércio ilícito desse russo cresce pelo Brasil. Seu funcionário tem feições esverdeadas, quase dois metros de altura e dirige um Audi A3, perambula pelas feiras ecológicas consumidas pela classe A e B.

É extremamente perigoso, foi criado em laboratório. Obediente, esverdeado, olhos vermelhos e de grande estatura. Sempre deixa seu produto após Mikail fazer os acordos financeiros com associações.

As Ong’s fazem festa quando o Audi aparece. Sabem que além de “produtos de boa qualidade” uma grana está presente. O próximo passo é o alimento ir pra mesa do brasileiro.

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O Monstro de Kokovski enfia a mão no seu próprio corpo, aperta como se fosse arrancar a pele. E realmente arranca. Ele dá dinheiro, dólar, verdinha... depois coloca num envelope e faz a entrega.

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Como o produto de Mikail Kokovski se destaca de forma anormal perante outros produtos, a concorrência desconfiou e por isso as informações se espalharam.

O órgão de pesquisa Pro Teste fez análises nos tomates, morangos, maçãs e limões do cientista. Segundo o órgão todos os resíduos detectados são derivados de pesticidas não autorizados pela lei brasileira.

Esses agrotóxicos causam danos a crianças, adultos, contaminam água, natureza, tudo...

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A cultura aplicada por Kokovski contém nitrogênio, que se degrada em nitrito e nitrato, substâncias cancerígenas.

Ninguém sabe exatamente o que está acontecendo com os produtos deste homem. Até porque não há fiscalização. As Ong’s o protegem.

Dizem que Mikail possui, além de seu servo Dinheiro, armas que podem ser lançadas ao vento, tomando rumos incertos.

Por exemplo: se ele quiser lançar a varíola nos ares brasileiros, possui quantidade suficiente.

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O Mostro de Kokovski entra em sua estufa, Mikail o alimenta com agrotóxicos, injeta dinheiro em suas veias... depois toma suas pílulas e sabe que algo está pra acontecer...

Eu sei que ele é o veneno das lavouras, bebe a água das enchentes...

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Já eu... eu sinto o cheiro da morte.

4 comentários:

  1. Muito loko tudo isso, loko e forte!
    Mas não é preciso Kokovski pro cheiro de morte estar no ar, esse cheiro esta impregnado por todas as nossas entranhas...
    Bju.

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  2. está mesmo
    e vem cada vez mais forte
    junto com um monte de fatos
    que estão na nossa cara né...
    e o dinheiro continua
    deixando as pessoas cada
    dia mais verdes...hehehe

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  3. Eu gostaria de saber daonde vc tira essas informações técnicas a respeito de composições quimicas... De duas, uma! Ou vc possui um laboratório escondido, ou quimica era sua matéria preferida "contém nitrogênio, que se degrada em nitrito e nitrato,".

    Brincadeiras a parte, mas uma vez um texto muito bom!

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  4. Kokovski é mais uma das
    minhas inúmeras fontes
    sem endereço...

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